sábado, 4 de abril de 2020

Cotidiano





Um dia, escuridão, 
No outro, a luz da lua, 
O passo rápido a poeira da estrada, 
As pedras do caminho,
E o frescor da madrugada.

Na mochila, pente largo,
Escova de cabelo e chapinha, 
Pobre mas exigente!
Pasta e escova de dentes,
E a roupa bem limpinha,

Sozinha no silêncio da madrugada,
O bairro ainda dormia,
Faz a oração sincera, 
Que nunca voltava vazia,
O que falava, o que escutava?
Era segredo, nada dizia.

Fé no peito, silêncio na alma,
Confere a passagem 
E o talão da Copel,
Sabe que a única luz de graça,
É a graça que vem do céu.

O Pai nosso,
O ônibus que não chega
Os gatos pingados no ponto, 
O ponteiro, o dinheiro escasso,
A fé que nunca falha, 
E pronto!


É mais um dia 
Que começa na pressão.
O café expresso, a pressa,
Uma pequena prece, uma oração.
No peito a fé predomina.
Uma mulher, quase menina,
Segue agora sua sina,
Com Deus Pai, no coração.

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