Um dia, escuridão,
No outro, a luz da lua,
O passo rápido a poeira da estrada,
As pedras do caminho,
E o frescor da madrugada.
Na mochila, pente largo,
Escova de cabelo e chapinha,
Pobre mas exigente!
Pasta e escova de dentes,
E a roupa bem limpinha,
Sozinha no silêncio da madrugada,
O bairro ainda dormia,
Faz a oração sincera,
Que nunca voltava vazia,
O que falava, o que escutava?
Era segredo, nada dizia.
Fé no peito, silêncio na alma,
Confere a passagem
E o talão da Copel,
Sabe que a única luz de graça,
É a graça que vem do céu.
O Pai nosso,
O ônibus que não chega
Os gatos pingados no ponto,
O ponteiro, o dinheiro escasso,
A fé que nunca falha,
E pronto!
É mais um dia
Que começa na pressão.
O café expresso, a pressa,
Uma pequena prece, uma oração.
No peito a fé predomina.
Uma mulher, quase menina,
Segue agora sua sina,
Com Deus Pai, no coração.
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