quinta-feira, 28 de maio de 2015

Somos dois, não mais!




Ah meu Deus, porque é que gosto tanto de falar sobre a família?
 Talvez porque acredite que a família seja a base de tudo, para o bem e para o mal, e que sem ela, parece que em nós falta um pedaço muito importante, o que nos afeta, nos faz mal nela, refletirá por toda a nossa vida, se não recebermos a providencial cura divina.
Ontem estive conversando com dois irmãos que já tinha visto a uns meses atrás, e que naquela época eu erradamente, pensei serem marido e mulher, ou amantes, já que ela em algum momento, falou sobre o ciúme da mulher dele a respeito dela.
São dois irmãos, mais ou menos entre sessenta e poucos a setenta anos, era visível o amor, e muito carinho entre eles, mais infelizmente habitava entre os espaços o ciúme!  Na verdade, o ciúme que havia, era da parte dela, como me confidenciou o paciente e ponderado irmão, que por ser mais velho, achava que os mais velhos sempre têm que compreender sempre, já que trazem em suas bagagens, várias experiências que a vida lhe deu.
Conversávamos e soube eu, ser ela uma advogada, e ele um professor, soube também que ele casou-se no exato dia em que ela formava-se.
Dois irmãos com uma data comum,importantíssima em suas vidas. Tudo bem, seria muito comum se não fosse o fato de até aquele momento morarem em lugares diferentes, e não se conhecerem, aliás, nem sequer sabiam que eram irmãos, já que não foram criados pela mãe. O menino fora adotado por uma família, e a menina foi para um orfanato onde a mãe de vez em quando a visitava. Disse-me ela que por várias vezes pediu à mãe que lhe dissesse se tinha irmãos, e a resposta foi sempre negativa, o que a entristecia muito pois de alguma forma trazia dentro do peito um desejo imenso de ter irmãos, uma família, uma esperança.
A mãe morreu, ela saiu do orfanato, e por não sair de dentro do peito a esperança de ter uma família, resolveu procurar por meio desses programas que encontram parentes, famílias perdidas por esse mundo de meu Deus, e nisso foi abençoada encontrou o irmão, irmão que a mãe dizia não existir. Foi aquele dia, o mais feliz da sua vida!
Isso aconteceu a vinte e cinco anos atrás, e assim, depois das apresentações, apareceu com força o ciúme. Parecia um pouco como se a vida tivesse roubado dela o irmão companheiro, o irmão protetor, que ela deveria ter tido e não teve, o irmão que ela ama tanto, e esperou por ele tanto tempo que não acha justo ter que agora dividi-lo com mulher, filhos e netos, uma família que infelizmente ainda não sente como sua.
Fiquei pensando: Porque será que ela não se casou?  Melhor, porque sem ter filhos seus, não abriu os braços para os sobrinhos, e porque não fez por onde a cunhada fosse a irmã que não teve?
Era a hora de finalmente construir mesmo que tardiamente, uma família, a sua família, mas impensadamente ela reclama, e se sente vítima dessa situação, faz do irmão o culpado, mesmo sabendo não ser, só porque mesmo sem querer, ele teve uma família mesmo que postiça, que lhe abriu os braços, e o criou, e agora tem também, uma família natural com mulher filhos e netos que o amam e o respeita, e ela, a reclamar do que vida lhe deu.
Se vocês pudessem ver, ela era uma senhora bonitona, e apesar de todo o sofrimento, envelhecera muito bem, como já disse, formou-se, é advogada e aparentemente estava tudo bem. Aparentemente, porque faltava aquela alma, encontrar a cura!
A cura que sara as feridas, apaga o tempo das dores, ressuscita os amores verdadeiros, destrói os amores ciumentos, possessivos, e coloca em nossos corações a paz, a compreensão.

Desejo a essa linda senhora, a cura irretocável de Deus, e que após curada, possa abrir os olhos e ver, o irmão carinhoso, a família maravilhosa que Deus preparou para ela, tudo isso antes mesmo dela pedir, pois Deus conhece os desejos do nosso coração, mas nem sempre percebemos a maravilhosa benção que Ele coloca em nossas mãos.


Di Vieira

Tesouros preservados dentro de nós!




Os maiores tesouros estão preservados dentro de nós!
Pensava eu sobre isso, na nossa correria da vida, na falta de tempo pra tudo, nos tantos problemas que precisamos solucionar dia a dia, e naqueles problemas que por pouco caso, ou medo de tocar no assunto, deixamos ficar enferrujando, acumulando craca num canto de nós.
E quando penso nisso, de uma forma triste fico me perguntando: Até quando? 
Até quando deixaremos de refletir por exemplo, em qual tesouro vamos deixar para nossos filhos, sobrinhos, netos, quando desse mundo não fizermos mais parte, e o que de bom em nós, os faria lembrar e fazer a geração seguinte lembrar, e relembrar, algo que os ajudasse a ser um feliz cidadão, uma pessoa de bem com a vida.
 Inevitavelmente fiquei a recordar dos meus queridos pais, seu Flávio e dona Elza, gente simples e com todos os erros e incertezas, que com certeza todos os pais e mães cometeram, ou vão um dia cometer, gente simples, mas com um senso forte de família, que hoje em dia, muitos que se dizem modernos, não dão mais valor. Pensando eu em meus pais, faço questão de deixar que só as melhores lembranças fiquem desenhadas em minha mente, e são muitas as boas lembranças, foram muitas as histórias que papai contava à noite ao redor da cama, era lindo o fato de ele fazer questão que respeitássemos a todos, e foram muitos os olhares carinhosos da mamãe, o seu abraço gostoso e confortável, o atender e entender os onze filhos, cada um com seu jeito absolutamente particular. Aliás mamãe fazia questão de nós mostrar, que os dedos das mãos não eram iguais mais juntos formavam as mãos, que poderia fazer mil coisas úteis, assim como nós, nunca seríamos iguais, nem precisávamos ser, mas para sermos uma família, precisávamos nos manter unidos apesar das diferenças, pois só assim formaríamos uma família em busca da perfeição. Assim como os dedos diferentes, formam a mão perfeitamente harmoniosa, os filhos, cada qual do seu jeito, cada qual cumprindo o seu papel na vida, formam uma família exemplar, linda de se ver!
Minha mãe, meu amor, mulher simples, mulher sábia!
Hoje em minha lembrança, o que toca mais forte mesmo, muito mais que as coisas que mamãe ensinava sobre higiene, alimentação, e religião, coisas que nos foram muito úteis durante toda a vida, o que marcou mesmo, e ainda me sensibiliza de verdade, era a sua alegria, o seu bom humor, o seu amor extremado por cada filho, isso, apesar de todas as dificuldades financeira e familiares, que faziam parte de uma luta diária, de tantas batalhas a serem vencidas. Não posso esquecer do abraço, do cheiro bom daquele abraço de mãe, que me fazia sentir em casa sempre, estando eu onde estivesse.  Quando eu estava mergulhada naquele abraço, a proteção era total, era mágico, era eu inteira, num mundo absolutamente particular.  Me sinto privilegiada realmente, por ter tido esses momentos de extremo carinho, por ter tido como mãe, uma pessoa que sabia se doar e se desdobrar para cada um dos onze filhos, a ponto de ao menos para mim, jamais ser esquecida!
 Acho realmente que o maior desejo de uma mãe, é ver seus filhos bem nutridos fisicamente, e espiritualmente equilibrados, para que possam aguentar os baques da vida, e manterem-se unidos. Unidos, juntos apesar de tudo, unidos, juntos apesar das diferenças.
Ter mais ou menos bens materiais, pouco importa, e na verdade isso é pouco para deixar como herança, isso como herança, nenhuma importância tem!  
Se toda a herança se resumir em bens materiais, que vida vazia, que vida inútil, que vida besta!
Pensando assim, o que queremos deixar para nossos filhos?  Ferrugem de ódio, cacos de intolerância, lixo de indiferença, abusos e questões por dinheiro, desrespeito onde deveria haver amor, e tudo por causa do vil metal? 
De que serviria isso para quem almeja o céu?
E então, o que queremos preservar do passado, as mágoas, os erros insignificantes, as feridas mal curadas?
Isso é o que realmente o inimigo de nossas almas quer, e isso, ele nos faz relembrar a todo o momento! Mas, e o que Deus fala ao teu coração, e o que Deus quer pra nós, não conta?
"Onde estiver o teu tesouro, ali estará o teu coração!" 
Pessoas são preciosas para Deus, tão preciosas que Ele enviou o seu filho único para morrer por nós TODOS!  Nós, somos tesouros para Deus Pai!
Falando em pessoas que são tesouros para Deus, qual tesouro queremos deixar para nossos filhos, os nossos filhos que são tesouros de Deus?
Os tesouros guardados dentro de nós se revelarão no futuro dos nossos filhos, e é justo deixarmos para eles como herança, mágoas, ódios, rancores que são seus, lixos que você acumula por uma vida inteira? Desajustes psicológicos, traumas que nem mesmo para você importa mais, mas o fardo da arrogância, e do orgulho, não te deixa ficar leve, não te deixa ser realmente feliz como deveriam ser todos os amados por Deus.
Penso nesses lugares onde a violência, e a ignorância, acabam por dizimar famílias, um membro após o outro, uma vida após a outra. Aqui não é muito diferente, acabamos matando também, mas de forma diferente, bem devagar, dia após dia, um irmão após o outro, um afeto após o outro, ficando assim expostos e em publico , os dedos mutilados das mãos, as almas deformadas, e às vezes, nem percebemos! 
Que viver inútil meu Deus, que sofrer desnecessário! 
Nenhuma mãe gostaria de ver seus filhos, que são apenas diferentes, entortando-se com uma grave, desnecessária e dolorosa doença, a INTOLERANCINITE, a intolerância em alto grau!

“Do jeito que eu sou,” é o título de um cântico que me encanta nesse momento, e aí vai um trecho só para relembrar.

"Te encontrar, foi tão bom, eu não tinha paz nem prazer...
Foi tão grande a emoção quando eu ouvi sua voz me falando de AMOR
Pois você JESUS, me aceitou DO JEITO QUE EU SOU!"

Lindo isso né? Então porque não aceitamos aos outros como ele é, e porque  não usamos a tolerância que Deus nos dá, e pedimos ao nosso Pai, para que os outros também nos aceite como somos? Nós somos dedos de uma mão perfeita, que Deus o nosso Pai criou.
E é aqui Jesus, dentro de mim, que eu quero que esteja sempre, não no jeito de vestir, no jeito de falar, mas no jeito de viver e sentir, no jeito de olhar e respeitar cada um com seu jeito.  
Quero aceitar e amar, assim como Tu Senhor, me amou e me aceitou, do jeitinho que eu sou!

Contigo está o meu tesouro Senhor, és Tu a minha herança, e o que pretendo deixar hoje e no futuro, é um amor simples assim, verdadeiro assim, um amor que almeja ser como o seu Senhor, muito embora eu seja um ser imperfeito, 
é do seu jeito Senhor, que eu quero amar.


Di Vieira

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Precisamos uns dos outros!!


Abri a janela e senti no rosto o suave e bem vindo vento da manhã de outono.
Maumau falava sobre seus planos, comentava sobre a política atual e seus desmandos, sobre o escândalo da Petrobrás, Dilma e PT, enfim...questões e considerações que eu educadamente ouvia, mas no meu íntimo implorava que me deixasse um pouquinho que fosse em silêncio. Queria na verdade era entrar em uma bolha invisível a prova de som para poder organizar minha vida, meus pensamentos, pedindo a Deus sabedoria para isso.
No parapeito da janela um passarinho buscava sem descanso, tirar de uma fresta um bichinho voador que ali se escondera assustado com sua presença, e pensei ser assim, às vezes somos passarinho caçador, outras vezes bichinho assustado.
Descobri que em ambos os casos, precisamos de Deus, tanto para nos proteger, como para caçar o alimento necessário para o nosso sustento. Percebi também o quanto estamos ligados, como seres que Deus criou, e como seres, dependemos uns dos outros.
Esses dias cortaram uma árvore em frente a minha casa, árvore esta que era centenária, e que florescia lindamente na primavera, suas folhas eram um refrigério no verão, mas...ameaçava cair sobre os fios elétrico e sobre as pessoas que passavam no caminho, sua retirada se fazia necessária. Fiquei impressionada quando vi os homens cortando aquela árvore, fatiando o seu tronco, pois dele saia uma seiva avermelhada, cor de sangue mesmo. Pensei: Como somos parecidas!
Espero que nossas vidas valha à pena assim como a dela, que viveu purificando o ar, florescendo e alegrando a vida dos outros, dando o colo para que muitos em baixo de sua sombra  pudessem pensar no melhor para sua vida e a vida dos seus, que estava ali, sempre pronta para um abraço, e que mesmo depois de sua "morte" ainda continuará servindo de alguma forma, sendo banco ou cadeira para descansar, escada para alcançar o alvo almejado, mesa para o almoço ou jantar onde se reúnam famílias amorosas, unidas, de mãos dadas em todas as situações, se ajudando, rindo, gargalhando, ou no silêncio de uma oração. Não uma oração por si só, mas e principalmente por aquelas famílias que ainda não perceberam que juntos são mais fortes, que juntos podem fazer mais, que vale à pena parar um tempinho para ouvir o que o outro tem pra dizer, ou mesmo para um abraço sincero, em silêncio ou não. Corações unidos nem sempre precisam de palavras.
Deus é maravilhoso, é um Deus que une, que fez tudo ser interligado, uns dependentes dos outros.
Eu, o vento, Maumau, o passarinho, aquele inseto, aquela árvore, tudo que chamamos família, ricos, pobres, todos estamos interligados, todos, querendo ou não, precisamos uns dos outros, e dependemos de Deus!
Portanto, que tal chorarmos com os que choram, ouvirmos o que os outros tem a dizer, e de certa forma, levarmos a carga uns dos outros, já que fazemos parte dessa criação maravilhosa que o Altíssimo Deus fez? 





Di Vieira

Estrelas brilham.

O brilho que Deus te deu, ninguém pode apagar, a não ser que você queira. E você não quer! Nem o tempo, os diversos acontecimentos, as barre...