sexta-feira, 29 de julho de 2011

A SEIVA DO AMOR



















Um soluço no ar se esconde, e outro no peito já caminha,
Ficando nessa linha que oscila entre a felicidade semeada 
e a lágrima do adeus
Depois o ruído da porta fechada, 
Logo depois da partida da minha amada,
A querida dos meus sonhos, pintada em minha retina,
Menina dos meus olhos caminhando até a luz
E eu só! E ela sozinha!
Tão minha, tão do mundo das ilusões
Tanto encanto calado em nossos corações!
Esse meu coração silencioso, perdido, cansado, 
Saudoso do ser amado,
Saudoso dos dias felizes!
Agora as folhas amarelas esperam das raízes 
O tônico, a força, a seiva da vida que passará por elas,
Agora sou metade, há em mim a saudade, 
O cantar lamentoso da alma,
Depois de tudo virá a calma, o sossego.
Penso ser assim quando tudo parece chegar ao fim,
Mas as boas lembranças acalmarão o soluço na garganta,
E em segredo plantarão sementes de esperança,
Que adormecerão feito criança no solo do velho peito,
Entorpecendo o soluço, estancando  a dor,
Mas só que um grande amor pra acabar, 
Não tem jeito!
Ninguém arranca do peito, um grande amor!



Di Vieira

quinta-feira, 28 de julho de 2011

SEJA O MEU FIEL SENHOR!



Faz me caminhar pelas veredas do seu amor Senhor.
E quando colocares em minha frente opções,
SEJA O MEU FIEL SENHOR!
Quando tudo ao meu redor for  decepções,
E minha fraca voz não alcançar os corações,
SEJA O MEU FIEL SENHOR!
Quando eu me sentir tolo, vazio, confuso
E ondas de pânico me sobrevierem,
SEJA O MEU FIEL SENHOR!
Quando eu tiver que atravessar a escuridão
Sem ter alguém que me dê apoio, ou segure minha mão,
SEJA O MEU FIEL SENHOR!
Senhor meu Deus tu és a minha esperança,
Em ti confio desde a minha mocidade,
Na alegria ou adversidade tenho posto o Senhor
Continuamente diante de mim.
E não importa a situação, meu coração se alegra em ti.
Então Senhor, se a solidão me assustar em algum momento,
Ajude-me a lembrar dos solitários que nem sequer te conhecem,
E portanto não tem em quem buscar apoio, compreensão,
Sofrem e mal sobrevivem, almas sedentas de ti, almas vazias,
Ou almas que esqueceram como é boa a sua companhia.
Ajuda-nos Senhor, a sermos próximo, a estarmos próximos
Ensina- nos a conhecer-te e entender o valor do amor real,
Seja entre nós Senhor, 
No cruzamento onde se chocam o bem e o mal,
Na luta até chegar junto a ti, aí no céu,
Venha sobre nós Senhor, 
SEJA SEMPRE E PARA SEMPRE, O NOSSO FIEL!


Di Vieira

O TERRÍVEL GIGANTE!























Contra o gingante Golias, o pequeno Davi lutou.
Ele foi sem medo, estava confiante, não estava sozinho.
Andou pelo caminho sabendo o que o esperava,
A luta era grande, mas Davi sabia pelo quê lutava,
Sabia que vitória teria, que  o auxilio viria do céu,
Deus é e sempre foi fiel, e afinal a causa era justa.
Disse a si mesmo: “Esse gigante não me assusta!”
Seguiu confiante para a luta do bem contra o mal,
E o povo comentava: Essa luta é desigual!
Ele não possuí chances de vencer.
O homem é colossal, é prepotente, poderoso,
E ele, magro e sem preparo para o embate!
Cochichavam pelas esquinas a vergonha que por certo o esperava.
Mas uma pedra na funda e uma fé bem resolvida,
Fazem coisas fantásticas, derrubam barreiras imensas,
E as delicias da recompensa é para o campeão, 
Aquele que acredita, que fica de pé.
E o pequeno Davi que com a sua Fé derrubou o oponente,
A gigante muralha que zombou de Deus o Onipotente,
O único e verdadeiro Deus, O Fiel, aquele que nunca falha!
E o inimigo caiu por terra, sem defesa, sem brasão!
E aquele  guerreiro que lutou com um coração de menino,
Ganhou nobreza, e as bênçãos do Divino, dono de todas as Vitórias,
“Ele disse:” “Se creres, verás a glória tão esperada
Então seja o que for que te aflija no momento,
Não solte sua voz ao vento, não murmure, tenha fé!
Mesmo que seja como um grão de mostarda”,
Às vezes tarda, mas a confiança faz a coisa acontecer,
E quem duvidar de longe vai poder ver,
Milagres onde não havia capacidade, vitórias sobre toda a desdita
A glória, a vitória maior, é para aquele que acredita,  
Para aquele que quer vencer gigantes! 
Que de tristeza não sequem seus ossos, mas se quiser, chora!  
Que o desanimo não curve suas costas, insiste, Ora!
E Deus secará suas lágrimas, te manterá de pé, te fará vencedor!
Então ponha a pedra na forquilha enquanto Deus sua força multiplica, 
E acontecerá com você maravilhas, que só pela fé se explica!


Di Vieira

quinta-feira, 21 de julho de 2011

PLANANDO NO AR!







Quando choro por minhas dores esqueço das flores que colhi,
Do sol que ontem me aqueceu, e reclamo tanto nesse momento,
Que até esqueço dos livramentos, da mão sempre estendida, do colo, da vida,
Do socorro que sempre me valeu! E fazendo assim desprezo sem pensar,
A quem sempre me protegeu, Mostro diante das dificuldades,
Que vejo as minhas impossibilidades, Antes das possibilidades de Deus!
Volto ao Egito escravo das preocupações, valorizando as desilusões,
Magoando sem pensar o coração do meu Pai!
Esquecendo os seus benefícios, o mar aberto, a libertação,
Desdenhando de Deus a providencial direção,
E só vejo o cansaço, as pedras no caminho, me sinto sozinho,
E a incredulidade me faz esquecer o quanto é grande o meu Deus!
Atordoado perambulo pelo deserto sem rumo.
Quero a água que me dá vida, o trigo, O Pão!
Adoeço rastejando, podendo voar na imensidão!
Sim! Eu posso voar como as águias sempre com forças renovadas!
Sem medo de nada, olhando o infinito!
Desviando-me dos ataques constantes do inimigo,
Sabendo que o Deus verdadeiro sempre estará comigo!
Posso voar cada vez mais alto! Acima da maldade, da tempestade perigosa!
Pois sei que nos braços do Deus vivo acharei refrigério.
Não há mistério que Ele não saiba! Não há dor que Ele não dê um final!
Ele é a libertação, o alto refúgio, o abrigo no temporal!
Quantas possibilidades, quanta providência!
Como é bom viver na dependência total de Deus!
Sem espiritualidades envoltas num véu,
Sem a imagem perfeita num céu feito de cores,
Enquanto nos bastidores pinta seus valores na hipocrisia,
Usando suas atitudes em negação a sua teologia!


Hoje quando choro, oro por mim, pelos meus,
Ore por você, pelos seus, e se está forte, levante quem está caído.
Tente se importar com quem quer que seja!
Às vezes a morte está no banco de uma igreja e toma ceia!
E feito um urubu, ama descobrir podridão na vida alheia,
Espalham fofocas como um ser mesquinho!
Quanto a mim sou passarinho! Sou pardal, 
As vezes sou águia, e preciso voar!
Mas o caminho é longo e eu vou planando no ar,
Não confio nos cavalos, ou em minhas próprias forças, 
E não será a força do pensamento que vai me levar!
Viajo tranquilo, no sentido do vento, 
E deixo as mãos do meu Deus me guiar!






Di Vieira

sexta-feira, 15 de julho de 2011

LUZ ACESA.





Como alguem pode dormir
Sem que a luz esteja acesa?
Como alguem pode comer macarrão, 
Sem sujar a toalha da mesa?
Quem em férias com crianças 
Controla as tais despesas?
Quem?
Quem é que pode perder a esperança
Vendo sorrir uma criança em sua franca essência?
Como alguem pode não ter paciência
Com as pequenas marcas de lama na roupa nova?
E quem não teve aquele momento 
De branco total na hora da prova?
E o fantasma do armário?
E aquele monstro debaixo da cama?
E quando a decepção chega, pavorosa, enorme!
Qual é o monstruoso ser, que apaga a luz e dorme,
Depois de macular a inocência, a pureza,
Tirando da infância a beleza, 
Fazendo aflorar o medo tão cedo?
Quem apaga a luz e sai de cena, 
Sem castigo, sem nem lembrar do fato?
Esse ato é extremamente pior senhores da realeza!
Mil vezes pior do que derramar sobre a mesa,
O caldo vermelho, o molho ao sugo, 
Ou limpar no tal pano os dedos sujos de chocolate,
E no criminoso infame quem bate?
Quem não tem amor, nem argumentos, 
Faz dos laços um sofrimento que ninguém avalia,
Disfarça entre as capas sua anomalia, 
Veste o manto, a fantasia da infância! 
Que ânsia me dá desse circo de horrores! 
Matam as flores ainda pequenas!
Ferem a carne, e a ferida apodrece cheia de pus!
E no tatame o sinistro encobre, 
Deita a capa, guarda o cobre 
Que mesmo na escuridão reluz, 
Na "legitimidade" sai o nobre 
Sem culpa! Culpado é sempre o pobre!
O malfeitor delatado sai discretamente,
Sai pela porta da frente, maldito diante da cruz.
Irresponsável e sem nenhum sentimento 
Sai de cena,  por um momento,
Sai sem nenhum constrangimento, 
Sai, e a malícia introduz,
Sai, deixando a dor e o lamento,
Sai, e apaga a luz!





Di Vieira
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Estrelas brilham.

O brilho que Deus te deu, ninguém pode apagar, a não ser que você queira. E você não quer! Nem o tempo, os diversos acontecimentos, as barre...