Comece a lutar!

Há uma porta dentro de você

E só você pode abrir,

Abra com pé de cabra,

Dê uma voadora, 

Peça por gentileza, peça por favor,

Mas abra essa porta meu amor!

Abra, e siga em frente,

Motivada, motivando.

Fazendo valer a pena,

Não fique aí esperando. 

A vida passar, passando

E a mente ficando cada vez menor.

Quando você muda meu bem,

Tudo se transforma!

Nada mais é igual,

Porque muda o seu olhar, 

Muda a sua atitude.

E é aí, que o bem vence o mal.

Diga ao mundo:

Eu já cheguei chegando!

Diga ao sol:

É bom te ver, é bom acordar!

E pra quem pensou que sua vida estava pra acabar,

Diga olá meu amor!

Eu estava só esquentando,

E agora comecei a lutar!

Di Vieira

Tempo de amar por amar!

Era hora de amar,

E eu te odiei!

Odiei suas idéias,

Sua cara séria,

Seus gostos estranhos.

Suas escolhas partidárias.

Era hora de te abraçar,

E ficar quietinha no seu abraço,

Era esse o momento,

De te olhar nos olhos,

De dizer que te amo,

Como se fosse a última vez.

Era hora de perdoar,

De pedir perdão.

De dizer que precisando,

Eu estaria aqui, 

Mas sei lá porquê,

Eu só pensei!

Pensei que não era a hora, 

Não era o momento.

Tava tudo favorável, 

Mas eu me calei!

Era a oportunidade,

Que a saudade não traria de volta.

Um tempo no espaço, sem flashback, 

Sem retorno, sem sétimo dia,

Era tempo de amar, por amar,

E eu não sabia!

Di Vieira

Bolo de vó

Quero bolo de vó.

Bolo feito de carinho, de afeto.

Bolo batido na força do braço, 

Cheirinho se espalhando por toda a casa, Quero os passarinhos na janela, 

Batendo freneticamente suas asas.

Quero os abraços pela manhã.

Quero a espera na fila do banheiro, 

O cantar feliz debaixo do chuveiro, 

E as zangas de mãe no dia a dia, 

Quero de volta a Paz, 

Quero de volta a alegria.

Quero gritinhos de crianças, 

As lembranças boas do tempo,  

As canecas de ágata na mesa, 

A pureza do trigo, os ovos no ninho, 

A vontade de crescer e morar sozinho, ,  Sem gritos sem disputa no banheiro, Sem bolo formigueiro de vó.

Ah! Se eu soubesse da saudade  

Que o tempo nos cravaria na alma, Absorveria com mais calma, 

Cada momento por si só.

Ah se eu soubesse quão rápido o tempo passa, 

Acharia por certo até graça, 

Nas migalhas de um simples, 

bolo de vó.

Di Vieira

Esperança

Ainda é cedo pra perder a Esperança na vida, no ser humano.

Nas estações do ano que estão tão confusas,

Nos rios poluídos, no sistema falido,

Nas matas devastadas sem permissão.

Ainda é cedo pra soltarmos as mãos e desistir.

Ainda é cedo!

Ainda é cedo pra deixar o medo superar a fé,

Superar a experiência, o conhecimento, a temperança,

Deixar que a distância destrua o amor, a esperança.

A ambição anule o nosso senso,

E o que eu ouço, abale o que penso,

Ainda é cedo!

Ainda é cedo pra desistir pelo cansaço.

Cedo pra desatar os laços de afeição e afeto.

Cedo pra deixar a empatia sem teto, sem morada.

Ainda é cedo demais pra deixar de sorrir, de se dar,

É cedo demais pra deixar de amar,

Ainda é cedo!

Di Vieira