segunda-feira, 25 de abril de 2011

NEM OS LOUCOS ERRARÃO O CAMINHO!


  



Com boa vontade, senso de justiça e um pouco de amor no coração, poderemos mudar o mundo! Ao menos um pedaço dele, aquele que está ao nosso redor, aquele que chamamos de “nosso mundinho” e as vezes nos achamos donos, não somos; Somos apenas pela graça filhos do Dono! Muitos querem mudar o mundo com revoluções seguidas de mortes e vitórias espetaculares! Mas a única vitória que muda tudo é a vitória com o selo do amor. E tudo começa no Nascimento, Morte e ressurreição de Cristo Jesus, e continua ecoando aqui, dentro de nós, na atitude de respeito que temos pelas pessoas que também são amadas pelo Dono do mundo, o Senhor de todas as nações! E qualquer tentativa  de mudança, começa de dentro pra fora, (seja para o bem ou para o mal). E é nessa parte que as alternativas da vida se apresentam a nós a cada dia, a cada passo, a cada esquina, e a qualquer momento como um fato trivial que às vezes nem sequer damos importância! Hoje caminhando pelo calçadão da XV ( Rua das flores) decidi não olhar o horizonte perdida em meus pensamentos, até porque ali sempre fervilham acontecimentos comentáveis, por ali passam sempre pessoas de todo jeito e com atitudes das mais loucas, interessantes e improváveis. Por isso eu disse a mim mesma "Mulher preste atenção, essas pessoas podem trazer contextos tão ricos que até façam jus a uma biografia!" Só que eu não sei narrar histórias muito bem, com aqueles ricos invólucros que daria uma aparência melhor na falação, alinharia melhor todo esse episódio! Dai resolvi contar as coisas como vejo, como naquele momento, meu coração e meu pensamento trabalhavam, e sentiam. Foi nesse ponto que ouvi uma voz feminina, delicada mas firme em meio ao silencio da Praça Santos Andrade, “Ele levou sobre si nossas dores, sofreu as feridas, mas ressuscitou! Ele está vivo!" Apenas começava o dia, eram só oito horas da manhã! Olhei para ver de onde vinha a voz que proclamava um dia depois da Páscoa, sua alegria pelas boas novas! Me detive (confesso), um pouco em seu rosto para ver se descobria algum sinal de embriagues, e nada! Suas vestes pareciam de alguém que talvez tivesse dormido na rua, mas na verdade não sei, pareceu-me também que tinha um sinal qualquer de deficiência mental, mas também na verdade não sei, e por mais que possa parecer absurdo, senti vontade de glorificar o nome de Deus por aquela vida da qual eu não sabia absolutamente nada!!! Mas eu sabia que ela sabia que Cristo o Mestre para sempre vive! Isso bastava para que meu coração festejasse com o dela, apesar de não ser preciso parar minha caminhada para isso!
Eu te louvo Senhor porque suas promessas são sempre cumpridas, e nem os loucos errarão o caminho!
E como aquela senhora dizia, “Ele, Jesus O Cristo é o caminho a verdade e a vida!"
Algumas poucas pessoas passavam por ali naquele momento, e andando entre elas, ouvi uma ou duas rirem da possível loucura da personagem desse meu relato. Se esperam que eu diga que achei aquilo um absurdo enganou-se, essas coisa vivem acontecendo por aí a torto e a direito, as pessoas riem e debocham das coisas que não conseguem perceber e não têm a menor boa vontade de tentar entender a loucura do próximo, já que sua própria loucura já passou dos limites aceitáveis. Mas onde estaria verdadeiramente a loucura naquele momento? Eu creio que nas mentes daqueles que riam da pobre senhora, porque mesmo em sua doença (presumida), trazia aos nossos ouvidos palavras boas, palavras de vida naquela manhã, mesmo em sua (presumida) loucura, não agredia, nem incomodava ninguém. Infelizes os que fazem piadas de mau gosto sobre um ser simples que vaga pelas ruas, e também por não darem ouvidos as palavras de Boas Novas que ecoavam suave naquela manhã, mas que para muitos parecia loucura naquela segunda -feira! Sem dizer que estamos em um País de maioria cristã, e o dia, era um dia depois de festejarmos a Páscoa! Afinal o que sabemos sobre a Páscoa, sobre a libertação de vidas escravisadas, sobre o resgate de um povo? O que sabemos sobre o imenso amor de Deus por "todos"nós, ao oferecer seu filho em sacrifício? Foi por mim, foi por aqueles que riram da senhora de nossa história, e foi por ela mesma que com certeza sabia disso!
Esse foi um pequeno e corriqueiro fato, mas se queremos exercitar o amor, transformar o "nosso mundo" que tal começarmos com pequenas e importantes ações de respeito ao próximo?
Quem não gostaria de um mundo feito de amor, solidariedade, e respeito? Eu gostaria! Mas para mudar o mundo todos temos que de alguma maneira colaborar e isso começa por nós!
Mudar o mundo, você acha isso possível?
Ah! Já ia me esquecendo... O mundo começa em nós!




Di Vieira


segunda-feira, 18 de abril de 2011

O DISPOSITIVO


Dentro de nós há um dispositivo de segurança para proteger-nos de nós mesmos quando agimos de forma diferente do que aprendemos, do que é adequado para bem viver socialmente.
Às vezes por um motivo ou outro ele dispara dando-nos a oportunidade de retroceder, recuar, antes de cairmos no abismo que certamente nos envolverá em erros seqüenciais, até que não consigamos voltar e nos recompor.
Quando esse dispositivo dispara e fingimos não o ouvir, ou ouvindo dizemos a nós mesmos que não faz mal se formos um pouquinho mais além, corremos o risco de ver cauterizado os nossos bons sentimentos, aquele que nos dá a diretriz de justiça, igualdade e amor ao próximo, que na minha opinião engloba todos os sentimentos que realmente vale à pena. Esse é o ponto, é exatamente aí o começo para acharmos que coisas assim são pura utopia , algo que se diz em comícios, algo para se dizer e depois esquecer.
Às vezes o fato de vivermos pensando no próprio umbigo, no próprio bem estar e que se danem os outros, colabora e nos leva ao erro de pensar em cada vez mais aumentar as nossas finanças, pois só se dá bem quem aparenta “ter”, e que esse negócio do “ser” é pura balela adocicada para enganar os “trouxas” !
Esquecemos de acalentar um amigo, de dar atenção a um irmão, levar-lhe uma palavra amiga, ou mesmo emprestar-lhes o ouvido por alguns instantes, por não termos mais tempo para essas "bobagens"dizemos: Essas tolices não levam a nada!"
No começo tentamos nos enganar com afirmativas não verdadeiras, juramos ter razão e até tentamos provar por A mais B,  e dentro de nós o dispositivo nos  alerta de novo chamando para o caminho certo, faz de um tudo para nos salvar da cilada que displicentemente armamos.
Só que a cada dia que repetimos as esfarrapadas desculpas e tentamos enganar a nós mesmos, o som do alerta vai ficando cada vez mais fraco, a cada erro cometido e amparado por justificativas cheias de relatos dispersos e desconjuntados, abafam cada vez mais o som do nosso companheiro, "O dispositivo de segurança!"
Finalmente quando rompendo a barreira do proceder correto perdemos o senso, se quebram todos os elos com a integridade, com o que é honesto, com o que é certo ou errado.
Nesse momento crimes bárbaros são cometidos, matam-se pessoas como se fossem moscas, roubos vergonhosos são manchetes de jornal, enriquecimentos ilícitos são verificados sem que os responsáveis mesmo expostos nos tablóide e na televisão, sintam vergonha disso, nos dando a entender que acham tudo normal e corriqueiro.
Nesse período o dispositivo de alerta já não funciona mais, já não se tem a dimensão da distância percorrida no caminho traçado entre o que é correto, e a trilha fatal, que é a sinistra passagem que por livre arbítrio esse perdido ser resolveu abrir e trilhar.  Mas não sei se você sabe que ainda há uma chace, Jesus é o bom Pastor e está sempre a procura da ovelha perdida, só que a decisão é sua!!!




"Pois digo que do mesmo jeito, vai haver mais alegria no céu por uma pessoa de má fama que se arrepende do que por noventa e nove de boa fama que não precisam se arrepender."
(Lucas 15 vs 7)


Di Vieira

quarta-feira, 13 de abril de 2011

"O SENHOR É O MEU EQUILÍBRIO!"


 

Um certo dia assim do nada sem mais nem porque, senti vontade de colocar na proteção de tela do meu celular uma frase que gosto de repetir para mim mesma, pra eu nunca me esquecer que seja qual for a situação nada de mal vai me acontecer, pelo fato de que tudo colabora para o meu bem! No dia em que resolvi colocar essa frase,  eu estava pensando no quanto  já chorei, me desesperei, e sofri, por fatos que agora vejo o quanto eram  insignificantes, ou nos casos mais graves,  como Deus transformou todas as situações que me afligiam vindo em meu socorro "milagrosamente". Não estou falando dos milagres tipo aqueles que os cegos vêem, os mudo falam, muito embora creia que esses fatos possam acontecer realmente porque Deus é fiel, tem todo o poder e Jesus Cristo nos disse que "Tudo que pedires ao Pai em meu nome...". Sim, Ele disse tudo!!! Inclusive aqueles milagres do dia a dia, aquelas situações que nos parecem não ter solução, as que achamos que tudo definitivamente para nós está acabado, e lá dentro de nós algo nos diz: Tenha fé, tende bom ânimo!  É disso que quero falar, daquelas situações que todos os que crêem em Deus, sejam os que vêem ou não, os que falam ou não, os que andam ou não, os que moram aqui,  acolá, em  qualquer parte do mundo, na hora da aflição gritam ou sussurram de todo o coração,"Senhor me ajude, tende misericórdia de mim!" e no mesmo instante a solução aparece! Alguns podem dizer que são coincidências, coisa que acontecem a todos a todo momento, e é verdade, pode acontecer a todos e a todo momento, mas são momentos especiais, são grandes momentos para aqueles que clamam e recebem ajuda de graça, pela graça. Batem na porta e prontamente ela se abre, de graça, pela graça! As vezes penso, que foi muita tolice, muita energia desperdiçada em ansiedades, até porque havia naquela atitude uma  fé não amadurecida, mas havia também uma vontade, uma necessidade de conhecer mais de perto o dia a dia do Pai, e toda aquela situação contribuiu para conhece-lo um pouco mais, para aprender a caminhar com equilíbrio e segurança com os olhos nos olhos do Mestre, sempre confiando mesmo que a situação pareça não me favorecer. O "tende bom ânimo" nos ajuda quando o cansaço quer nos vencer, renova nossas forças para voarmos como águias livres e seguras de que não importa quão terrível a situação se mostre, sempre haverá um dia seguinte, uma nova vida, uma nova chance que pela fé será sempre melhor. Tenho absoluta confiança que Ele não permitirá que nenhum mal me aconteça, ou que aconteçam coisas que não possam ser reparadas, resolvidas, consertadas, sei também  que nada foi ou é em vão, tudo fez e faz parte de um às vezes dolorido mas excelente aprendizado, e aprender é sempre  bom mas nunca foi fácil!
Hoje as coisas mudaram,
Ah! Me desculpem, eu disse que as coisas mudaram, mas as coisas não mudaram, coisas não mudam, nós é que mudamos, tendo uma atitude de fé e confiança em Deus, compreendendo que nada pode ou poderá, tirar o equilibrio que o Espírito Santo amorosamente nos dá! 


Di Vieira

quinta-feira, 7 de abril de 2011

CHORAMOS JUNTO!



O que pode passar pela cabeça de alguém que empunhando uma arma e influenciado seja lá pelo que for, premeditadamente entra em um local que se presume ter em sua maioria crianças, atira na cabeça de seres inocentes e indefesos, felizes estudantes em busca do saber? Que mal terrível atormenta a alma sem amor, sem temor de Deus como esse homem louco ou seja o que for, a ponto de chegar a esse crime tremendo fazendo nesse dia um País inteiro chorar e sem querer compartilhar como espectadores aterrorizados e confusos, de uma tragédia que a todos nós abala e entristece? Que mal assola esse mundo sem amor, sem respeito a vida que transforma de forma tão precipitada pessoas queridas em saudade tão brutalmente? Fico me perguntando e acredito que muitos nesse momento também se perguntam e provavelmente cada um tenha uma explicação, mas nenhuma delas nunca terá um sentido lógico e humano. Ah! Que dor pelas famílias envolvidas nesse infeliz drama social! Ah! Que tristeza pelos pais, pelas mães, que não há nada que possa confortar esses corações, a não ser o carinhoso bálsamo de Deus que alivia e faz suportar essa infame dor que não tem tamanho. Morremos um pouco a cada absurdo desses, a cada vida tirada em sua inocência, a cada falência do amor ao próximo! Morremos um pouco quando nos envergonhamos de falar do Grande amor de Deus aos nossos filhos e filhas, morremos um pouco quando achamos brega, fora de moda ensinar aos nossos filhos gentilezas e respeito aos seres que Deus criou. Aos pais que nesse momento estão como se fossem mortos também, deixamos aqui como solidariedade o nosso protesto por tanta violência e tanta falta de segurança para nossas crianças e para todos nós, saibam que estamos oramos por vocês, saibam que se mais não podemos fazer no momento, choramos junto!

Di Vieira.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

YON KIPPUR



Na pequena varanda da velha casa onde passara toda a sua infância e adolescência Beth olhava a paisagem que pensando bem, quase nada mudara. Somente alguns aglomerados de casas mal arquitetadas foram construídas, e  a maioria sem o acabamento final que com certeza daria com suas pinturas de várias cores alguma beleza  ao local. Tijolos e embolso acinzentado  se misturavam entristecendo um pouco mais a paisagem, apesar que mesmo antes, no seu tempo de menina Beth não achava aquele um lugar dos mais bonitos, mas ao menos haviam as árvores que davam um encanto especial aquele fim de mundo onde os políticos e suas promessas que nunca eram cumpridas, só apareciam em eleições, e o povo sempre acreditando que  "aquele" sim, arrumaria as ruas, melhoraria o transporte, pensaria na segurança, etc..  o povo sempre parecia acreditar. Beth não sabia se era inocência ou acomodação. O que Beth sabia era que o povo precisava de uma mudança radical para que suas vidas e casas fossem transformadas , precisavam de uma mudança financeira,  de mudar o querer, aprender a fazer valer seu voto, sua vontade, enfim... precisavam de uma mudança total!
Enquanto isso iam levando a vida, trabalhando, casando ,  enfim vivendo como dava!
Por algum motivo naquele momento Beth estava se sentido assim como aquelas casas, aquela paisagem, aquela gente, e isso tudo ao mesmo tempo. Os pensamentos transformando-se em lembranças que a levavam a um momento de sua história que fazia de tudo para esquecer, mas aquela paisagem lhe deixava sempre um pouco melancólica e aí os monstruosos sentimentos do passado vinham depressa querendo lhe atormentar. Beth não se conformava em ser assim, já há algum tempo havia aceitado o grande amor de Cristo Jesus em seu coração, trabalhava com dedicação na obra social da igreja e se dispunha a ajudar a todos que precisassem, e olha que eram necessidades de tudo, de afeto, carinho, atenção, mas na maioria das vezes a dificuldade financeira era a questão principal e Beth se empenhava na medida do possível para ajudar. Voltava para casa com a sensação do dever cumprido, pensando em novas formas de ser útil aos necessitados, queria o melhor para aquelas pessoas afinal, era um pouco sua gente!
Entretanto não conseguia esquecer o passado, sentia o coração angustiado  cada vez que pensava no assunto, o medo era real parecia que o passado voltava, ficava aterrorizada pela dor dos lanhos provocados pela cinta do pai, ou por outro objeto qualquer que ele achava pela frente, a dor da lembrança era tão forte que sentia-se de novo uma menina com os pezinhos que mal conseguiam alcançar em sequência os vários degraus da grande escada que conduzia a rua. Descia o mais rápido que podia, as lágrimas turvando os olhinhos e os gritos de socorro entre cortados por soluços que eram abafados pelos gritos do pai que a mandava parar aos berros e ameaças de mais agressões. Beth sempre teve a sensação de que quando o pai se embriagava ( e eram muitas as vezes), ela era o alvo preferido para as agressões. Pensava por pensar, porque sobrava sempre para todos , de uma maneira ou outra todos os filhos se envolviam  cansados daquele terror. Como esquecer tudo isso se as marcas ainda existiam em sua pele e em seu coração? A marcas na pele Beth nem se importava, era o de menos, o que a atormentava de verdade era a mágoa, o ressentimento ou ódio sei lá, o que a atormentava era esse sentimento ruim, contrário ao amor. Beth queria sentir quando pensasse em seu pai, em sua memória, ao menos compaixão, carinho! Esse ressentimento que adoecia sua alma, não podia existir dentro do coração de alguém que quer de verdade se dedicar ao trabalho e a grande Obra de Deus. Beth sabia que precisava perdoar, queria se apresentar pura, inteira na presença do Pai, Ficar livre dos choros sem motivos aparentes quando ficava sozinha de noite em sua cama, queria se ver livre dos sentimentos ruins. Orou desejando perdoar seu pai por tudo, orou querendo ser transformada em uma bela casa, sem reboco cinzento  ou tijolos aparentes, orou querendo ser completamente habitada pelo Espírito Santo de Deus sem cantos escuros, escondidos ou temporariamente esquecidos. Orou e decretou pela fé, o primeiro dia dos seus dias de paz interior, com uma vida espiritual plena, verdadeira. Chorou aos pés do grande Sacerdote Jesus Cristo,  orou, e decretou pela fé  que aquele dia, era o dia de perdoar como Cristo apesar de tudo, a muito já  a havia perdoado, decretou para si um abençoado e grande dia, o  dia de dar a seu pai, O PERDÃO !


Di Vieira

Estrelas brilham.

O brilho que Deus te deu, ninguém pode apagar, a não ser que você queira. E você não quer! Nem o tempo, os diversos acontecimentos, as barre...