Dizem que o tempo é o senhor das razões
E que ninguém ensina melhor,
Nem tem tão sábios fundamentos.
Para mim o tempo é A pedra angular,
Que faz os dias parecerem iguais em diferentes estações
Que faz sentimentos iguais nascerem em diferentes corações,
Ali, onde as crenças, as teorias, os ensinamentos,
Deveriam significar em tese, união, comunhão.
Mas fico aqui pensando, se tudo isso importa,
Se o pensar, o sentir, o falar, não for essencialmente verdadeiro.
Quando o mundo inteiro se encontrar num olhar e num olhar se entender,
As diferentes aparências, as exterioridades, nada vão significar.
Os olhos verdes castanhos ou azuis, os cabelos enrolados
Os olhos puxados, a carapinha, a pele escura ou clara;
É simples envoltório, um recipiente onde se abriga a essência ,
O íntimo, a alma, que é singular e faz o ser, ser o que é.
Os verões da juventude, os outonos da maturidade,
E os invernos da boa idade, trarão um novo jeito de olhar,
(Mas só se eventualmente tenha aprendido a ver!)
E vendo, fará brotar na primavera a singela flor do saber,
E então poderá ver alem do que os olhos vêem,
Ou as aparências desejam propagar
Sentir novos sentimentos que não esperam por perfeição,
Voar bem alto na suplica por cada um, sem distinção,
E ir ao céu em espírito, sem precisar tirar os pés do chão!
Di Vieira
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