Essa é uma história simples, de uma pessoa simples, que nasceu em uma família que para ela era simplesmente fenomenal!
Seu nome? Mariana.
Mariana
sempre achou que sua família era um tesouro, se sentia contente por ter nascido ali naquela família, a melhor que poderia existir, a mais amorosa,
a mais risonha, a mais feliz apesar da pobreza evidente depois que o pai
adoeceu dos pulmões.
Apesar
de tudo seu Felinto e dona Lígia nada deixaram que faltasse para as crianças, ao
menos o essencial para um crescimento saudável.
Não
era permitido naquela casa por exemplo, que irmãos dormirem sem fazerem as pazes depois de uma
briga, o sentido de um por todos e todos por um, ficava evidente quando alguém
precisava de proteção, de um ombrinho amigo. Acho mesmo que os pais de Mariana
fizeram dentro do que entendiam ser bom para que as crianças crescessem física
e mentalmente bem.
Não
eram perfeitos, acho que nem tentavam ser e em algumas situações Mariana achava até que trocaram os pés pelas mãos, mas só
faziam o que achavam certo, o que o coração mandava e portanto com toda certeza
tiveram erros e acertos, mas não com as crianças, com essas eles haviam acertado inquestionavelmente, pois tornaram-se adultos responsáveis cumpridores dos seus
deveres.
Mas
haviam lacunas entre eles os filhos hoje adultos, que por mais que pensasse, Mariana não conseguia entender. Onde será que haviam perdido o carinho a cumplicidade uns com os outros? Onde o amor entre
eles tinha deixado de ser essencial a ponto de não sentirem falta um do outro?
Quando foi que haviam optado por deixar de falar com um irmão por seja lá qual
fosse o motivo, deixando de lado os ensinamentos paternos e principalmente
cristãos? Quando foi que deixaram de sentir necessidade de ouvir as gargalhadas
sem timidez de um, ver o sorriso recatado do outro, a boa conversa, o abraço
sincero. Quando foi que deixaram de torcer uns pelos outros independente de
quem vai perto ou longe em sua caminhada? Mariana não sabia onde haviam se
perdido nos caminhos da vida, onde haviam decidido que precisavam competir
entre si para provarem serem melhores uns que os outros? Não precisavam! O
amor que havia entre eles os faziam os
melhores, os mais fortes, os mais unidos, a melhor família, enfim...as pessoas mais
felizes!
Mariana
sentia falta da comunhão que tiveram um dia, sentia falta do velho pai, e se
preocupava tanto com a tristeza não manifesta da velha mãe.
Será
que todos viam e fingiam não ver? Ou o que é pior, será que nem sequer percebiam?
Onde
será que haviam caído, rolado escada abaixo nos degraus do amor, e amassado
aquela singela flor?
Mariana
não sabia, talvez ela mesma tenha deixado de regar, de chegar terra, de
aquecer, de cuidar, mas se ainda for tempo (E sempre é) não quer deixar morrer
o amor plantado pelos pais em seus ainda pequeninos corações.
Uma coisa Mariana sabe com certeza, que seja como for e o que for que aconteça, não deve deixar o sol se por sobre sua ira,
não deve dormir sem pedir ou conceder perdão.
Até porque, poderá não ter outra chance amanhã!
Di
Vieira
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