Percebo as vezes que as pessoas não se sentem envergonhadas
de se mostrarem cheias de cortesias falsas se para isso conseguem o que querem,
e o que querem na maioria das vezes são coisas materiais. Os interesses vão
desde Profissionais, financeiros, políticos e por aí a fora.
Tudo bem, não sou eu a palmatória do mundo! Cada um faz da sua vida o que quer,
cada um decide o que é prioridade para si. Alguns acham ser prioridade a
profissão, outros o cargo político, o cargo na igreja, no clube etc.. e a gente
admira essas pessoas, quase endeusamos porque fazem de tudo, tudo mesmo pra
chegar lá e quase sempre conseguem! Chamamos de batalhadores, gente que corre atrás
do que quer. Por outro lado menosprezamos sistematicamente as pessoas que manifestam
amor por vários outros motivos, e o principal
deles é porque são amados por Cristo e esse amor transborda e se espalha, se
multiplica. Muitos dizem serem essas pessoas seres carentes, ou então preferem
acreditar que o amor exposto é falso, que o falar de amor de tão banal deixa sempre dúvidas quanto a sua procedência, e assim encobre-se a luz que ilumina os olhos para
que não se veja o coração que tão docilmente coloca uma pitada de amor em suas mãos, em seus ouvidos, sem que para isso precise de um interesse, um motivo novo, senão o sempre
renovado motivo do “Amai vos uns aos outros como eu vos amei” “Ame a Deus sobre
todas as coisa e ao próximo como a ti mesmo” Essas palavras ecoam nos ouvidos
de quem recebeu esse tão grande amor gratuitamente. Se o amor de Deus tocou o seu
coração, de alguma forma toque com carinho o coração de alguém. Falando nisso
lembrei-me de um fato acontecido com um amigo que trabalha em uma cozinha de um
restaurante, ao manusear os pratos sujos que se amontoavam sobre a mesa
auxiliar a pessoa que iria lavá-los encontrou entre um deles um pedaço de papel
que logo percebeu ser um bilhetinho, curiosa abriu e leu, naquele guardanapo de
papel alguém queria falar de amor sem nem ter visto a pessoa a quem a mensagem
fora enviada, sem saber se era branca, negra, bonita ou feia. Provavelmente não
tinha muito dinheiro já que a mensagem era dirigida ao cozinheiro, portanto um assalariado como muitos talentosos cozinheiros que existem mundo afora. O bilhete
era simples, dizia:" Senhor cozinheiro (a)
Muito obrigada por essa refeição deliciosa, parabéns pelas mãos abençoadas! Ass.:
André Luiz. " Simples! É tão simples fazer alguém feliz por ver o seu trabalho
reconhecido mesmo que faça isso todos os dias sem esperar elogios, mas quando chegam são muito bem vindos. Abençoadas são as mãos
também dessa pessoa que tirou um tempinho para ser gentil, abençoadas são as
mãos dos que dispensam um pouquinho do seu tempo para ser gentil como aquela senhora que parou o seu trajeto para num intuito de proteção, segurar pelo braço uma criança aparentemente perdida nas ruas da cidade, até o momento em que
vê apressada a mãe da criança sair de uma loja a sua procura.É simples ser gentil só por
gentileza, mas as pessoas teimam em lançarem dúvidas sobre demonstrações de
amor, atos de carinho, “O que será que ele tá querendo?” Sempre estão a perguntar. O estranho é que
aceitam o ato da falsidade descarada, bem arquitetada, politicamente bem planejada, produzida com todo o cuidado, com toda a artimanha, porque afinal se todo mundo já sabe que
é falsidade, pode-se considerar portanto que a falsidade é verdadeira!
Estranho né? Parece que estou ficando um pouquinho louca! É o avesso do avesso, do avesso!!! Parece não ser feio ou errado fingir,xingar,
ofender, humilhar, mas parece ser bobeira ou coisa estranha fazer como o André, dizer ao meu amigo cozinheiro um muito obrigado! Há seres que se acham tão superiores que não se vêem
tendo uma atitude dessas em suas casas, em sua família, em sua igreja, muito
menos com o gari, o motorista, o cozinheiro, o porteiro, enfim há pessoas que adoram
gentilezas mas não acham tempo para serem gentis!
Di Vieira
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